DA REDAÇÃO SOU DE SERGIPE – A Câmara Municipal de Monte Alegre de Sergipe aprovou nesta quinta-feira (29) a redação final do projeto que versa sobre o orçamento fiscal para o ano de 2023. A Lei Orçamentária Anual (LOA) prevê possibilidade de remanejamento de recursos que o município terá de cumprir.
A prefeita Nena de Luciano sofreu sua primeira derrota após a formação do G8, grupo formado por vereadores que se uniram com o intuito de cobrar melhorias para a população de Monte Alegre. Entre as cobranças estão a conclusão de obras paralisadas, pagamento do décimo terceiro e 1/3 de férias aos servidores públicos.
A gestora solicitou para o orçamento um percentual de 80%. No entanto, os parlamentares aprovaram 40%. E para o espanto de geral, a votação contou com o voto do vereador Tonho de Bibia, aliado e filho do atual vice-prefeito Bibia do Couro.
O G8 entendeu que as promessas de Nena no orçamento anterior não foram cumpridas. No ano passado os parlamentares deram 80% e mais 20% de créditos suplementares durante o ano, mas tiveram que amargar um 2022 sem respostas às demandas tanto da própria câmara, quanto do cumprimento das propostas apresentadas pela própria prefeita.
O vereador Geonilton é um dos parlamentares revoltados, pois há muito tempo ele vem cobrando a gestora o término da reforma da única quadra poliesportiva existente na cidade. Já o vereador Henrique afirma que promessas como melhorar as estradas e o transporte escolar também não foram cumpridas.
O vereador Bicinho da Society destaca que no decorrer do ano houve o pedido de 20% de créditos suplementares com o objetivo de, além de terminar a reforma da quadra, realizar o pagamento dos retroativos dos servidores civis e do magistério, bem como o pagamento de alguns precatórios.
“Ao que parece, os 20% não eram para sanar dívidas com os servidores e reformar a quadra, mas sim para tapar buracos feitos anteriormente”, destacou Bicinho, que ainda acrescentou que o planejamento também não contemplou o salário deste mês de dezembro pago dentro do ano de 2022.
Para completar, todos os cargos comissionados ainda foram exonerados no mês de dezembro, ficando sem o salário para passar o natal e ano novo, bem como sem o décimo terceiro.