GLÓRIA, SE (POLÍTICA A JATO) – A redação do Política a Jato recebeu o desabafo do professor da rede municipal de Monte Alegre, Nabi Habichedid, que decorreu de uma situação constrangedora vivenciada por ele no Hospital Regional de Nossa Senhora da Glória. Confira a denuncia:
HRNSG, Saúde que mata
introdução
A despeito de a saúde pública no Brasil ser bastante complexa, alcançou resultados positivos desde que o Sistema Único de Saúde foi criado, porém enfrenta dificuldades no tratamento com seus pacientes, o que compromete a qualidade do sistema e do atendimento à população como um todo. Além disso, a saúde é muito paradoxal e discrepante no território de competência da união, estado e município.
Nesse último ente federativo, se explica um pouco sobre o quadro atual da saúde pública do Hospital Regional de Nossa Senhora da Glória – Sergipe, em caráter mais especifico.
Sabendo que o objetivo básico da saúde pública é garantir que toda população tenha acesso ao atendimento médico de qualidade é que o paciente Cicero Antonio dos Santos, de 57 anos, foi internado naquela unidade hospitalar, com problema estomacal.
O paciente supracitado é residente no município de Monte Alegre de Sergipe e está internado na Enf. 900/leito 02, desde o dia 10 de dez de 2019; sendo alimentado por soro fisiológico e complexos vitamínicos injetáveis, enquanto aguarda o hospital proceder ao exame de endoscopia no HUSE de Sergipe.
Tal procedimento teve sua data marcada para o dia 24/12, o que não aconteceu dado ao período natalino. Com alteração, foi remarcada para o dia 02/01/2020 (quinta-feira), tendo o êxito frustrado pelo Hospital de Urgência de Sergipe, que devolveu o paciente ao local de origem, inferindo que o hospital Regional de N. S. da Glória não fez o devido preparo do paciente, com a retirada de qualquer enzima ou resto de alimento contido no seu estomago para, só depois, encaminhá-lo ao referido exame endoscópico.
Acontece que na manhã de sexta-feira, como conta o Sr. José Antonio dos Santos ou Prof. Nabi Habichedid, como é conhecido, nada disso foi feito. Ao contrário do procedimento formal ao aludido exame, o hospital não orientou sobre anterior tratamento com o paciente e o alimentaram antes da viagem ao Huse. O Prof. Nabi Habichedid, que é acompanhante e irmão do paciente, em solicita conversa com a Sra. Élica que é Assistente Social e chefe do setor, lhe pediu explicação acerca do problema havido, sendo que esta, despindo-se de qualquer responsabilidade, atribuiu culpa ao próprio acompanhante pela não realização do exame.
“Esta senhora de codinome Élica é uma figura desumana e dissimulada que usa o poder do estado e da psicologia reversa para se justificar e culpabilizar os acompanhantes ou quaisquer que sejam. Do lugar de anjo da vida que deveria exercer, toma o lugar de advogada do diabo, em sua autodefesa” desabafa o professor.
Indagada pelo professor, tal Assistente admitiu que o hospital não tem sistema de segurança que impeça pessoas estranhas entrar e sair com qualquer objeto, como: cigarros, bebidas e afins e poder entregar aos pacientes sem a devida fiscalização. ”Na verdade, o hospital em sede de discussão, não dispõe desse tipo de aparato. Pacientes e acompanhantes têm acesso livre a qualquer parte, sem a menor interferência, inclusive nas portas acessíveis dos fundos, onde ficam maior acúmulo de resíduos sólidos e lixo hospitalar”, afirma o professor.
Com efeito, pessoas que não figuram como acompanhantes nem amistosos são, se apropriam das enfermarias como se fossem suas próprias casas. “Lá, essas pessoas fazem daquele hospital um verdadeiro quarto de hotel, com cama, mesa e banho para uso e desfruto próprio. Lá, eles comem, bebem, dormem e produzem um barulho ensurdecedor, sem que aja qualquer impedimento”, observa o denunciante.
Ante o exposto, e por tudo mais de irregular existente naquela autarquia publica, sem previsão e esperança, segue o acompanhante no aguardo de um novo agendamento para a realização do tão esperado exame de endoscopia, enquanto que seu irmão paciente fica definhando numa maca e morrendo aos poucos, à espreita de que desta vez se faça a coisa certa, moral, pública e eficiente, ao invés de jogar a culpa em outrem por um erro de caráter competente e restrito ao hospital e profissionais que o sediam.
O acesso a saúde pública não deve ser determinado por condição ou pela classe social do indivíduo. Não se pode conceber que os ricos ou influentes tenham fácil acesso aos médicos, enquanto que os pobres não recebam nenhum tipo de atenção e fiquem morrendo lentamente.
O modelo do SUS é bom, são as pessoas que trabalham nele que o tornam tão ruim; não precisa ser reformulado, é necessário melhorar, apenas, a gestão administrativa, inserindo em seu bojo pessoas de cunho moral e de caráter escrupuloso que usam o aparelhamento do estado para o bem comum, seguindo os ditames das regras deontológicas, nos bons tratos com o público servidor, tendo em vista que os impostos pagos por cada cidadão devem voltar para serem redistribuídos em forma de prioridades, onde uma delas é a saúde.