CARIRA, SE (POLÍTICA A JATO) – O Ministério Público do Estado de Sergipe, após analizar a Resposta à Acusação da defesa do ex-prefeito de Carira, Diogo Menezes Machado e seu pai, também ex-prefeito João Bosco Machado, se manifestou nos autos da ação penal de número 201965002338.
A ação penal teve início em 2019 após o DEOTAP deflagrar a operação Xeque-Mate no Sertão, que culminou, à época, com a prisão de várias pessoas supostamente envolvidas em um esquema de fraude a licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro, inclusive os dois ex-prefeitos João Bosco e Diogo Machado.
A defesa de Diogo e seu pai pediu a anulação da decisão de recebimento de denúncia por ausência de fundamentação e a inviabilidade da ação penal por falta de justa causa, argumentando que não há suporte probatório nos autos que respalde a denúncia.
Após analisar as defesas preliminares de todos os réus, o Ministério Público voltou a se manisfestar reforçando a tese de que há elementos suficientes de autoria dos delitos imputados aos envolvidos.
O órgão ministerial não tem dúvidas de que houve dispensa indevida de licitação emergencial e fraude a licitação com o fito de beneficiar a Empresa Angular, cujo dono é o próprio João Bosco Machado.
Segundo o MP, o objetivo era é viabilizar a prática criminosa de lavagem de dinheiro que, somando todos os processos envolvendo a Empresa Angular ao longo de quase 20 anos de mandatos de pai e filho, culminou num prejuízo aos cofres públicos em torno de 20 milhões de reais.
Ao fim da manifestação, o promotor de justiça, Dr. Diogo Gouveia Pessoa de Lima, pugnou pela designação de audiência de instrução e julgamento para a oitiva das testemunhas arroladas pela acusação e pelos réus, e a realização dos interrogatórios.
