PORTO DA FOLHA, SE (POLÍTICA A JATO) – O ex-prefeito de Porto da Folha, Manoel de Rosinha (PT), prestou depoimento em audiência virtual do Ministério Público nesta terça-feira (01), para se defender de uma denúncia anônima de que ele estaria fazendo uso político da Emdagro em troca de votos.
Segundo consta na denúncia anônima encaminhada à Ouvidoria do Ministério Público, um áudio que circula no WhatsApp mostra que supostamente Manoel de Rosinha estava facilitando a emissão de DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf) a um cidadão que queria se aposentar.
O denunciante alega que a sede da Emdagro de Porto da Folha está sendo palco de articulações políticas do ex-prefeito Manoel com o também servidor Marcos Augusto que, coincidentemente, confirmou em audiência que é filiado ao mesmo partido de M. De Rosinha.
O MP quer saber se houve prática de ato de pré-campanha vedado pela legislação eleitoral, bem como abuso do poder político por parte do ex-gestor, já que sua esposa Rita pode ser indicada a vice na chapa do pré-candidato Dr. Júlio.
No seu depoimento, Manoel de Rosinha afirmou ser técnico agrícola na Emdagro desde 1985 e negou que tenha usado indevidamente a Endagro. No entanto, confirmou que emite DAPs em todo território de Porto da Folha.
Perguntado se o seu partido, o PT, poderia lançar candidatura a prefeito, Manoel respondeu afirmando que a sigla caminhará com o Podemos de Dr. Júlio, com convenção marcada para o dia 13 de setembro.
Após a audiência desta terça, o MP deverá iniciar uma série de coletas de provas, bem como convocar mais pessoas para prestarem esclarecimentos acerca dos fatos narrados na denúncia.
O ato vedado pela legislação poderá acarretar em uma série de punições como multa, indeferimento de registro ou cassação do diploma do candidato infrator.